De acordo com um estudo, os donos de cães tendem a assumir riscos maiores e respondem mais a anúncios orientados a recompensas. Os donos de gatos, por outro lado, são mais cautelosos e mais propensos a reagir a anúncios que enfatizam a aversão ao risco.
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A pesquisa, publicada no Journal of Marketing e conduzida por Lei Jia, professor assistente de marketing da Kent State University, em Ohio, nos EUA, e seus colegas Xiaojing Yang e Yuwei Jiang, analisou os dados de posse de animais de estimação nos estados dos EUA e os comparou com várias medidas brutas de tomada de risco.
Por exemplo, os pesquisadores descobriram que pessoas em estados com maior proporção de donos de cães, como a Dakota do Norte, tiveram maior prevalência de infecções por Covid-19 em 2020 do que estados com mais donos de gatos, como Vermont.
“A razão pela qual a posse de cães parece associada a mais casos de Covid-19, por exemplo, pode ser que os donos de cães correm mais riscos, ou simplesmente precisam levar seus animais para passear com mais frequência, o que significa maior exposição”, explicou Jia no site The Conversation.
Em outro estudo, os pesquisadores quiseram obter dados em nível individual, então eles usaram uma ferramenta de pesquisa online para recrutar 145 donos de um gato ou um cachorro, não ambos.
“Demos aos participantes US$ 2.000 imaginários e pedimos que investissem qualquer parte dele em um fundo de ações arriscado ou em um fundo mútuo mais conservador. Os donos de cães, que representavam 53% dos participantes, eram significativamente mais propensos a investir em ações e também colocar mais dinheiro em risco do que os donos de gatos”, contou o professor.
Eles pediram a 225 pessoas que visualizassem quatro anúncios impressos apresentando um gato ou um cachorro e depois decidissem como alocar um investimento de 2 mil dólares, assim como no estudo anterior. Os pesquisadores descobriram que a exposição a cães levou os participantes a serem mais propensos a investir mais dinheiro em ações.
Outro estudo recrutou 283 alunos de graduação e pediu-lhes que recordassem uma experiência passada envolvendo um gato ou cachorro. Eles então leram aleatoriamente um anúncio de uma empresa de massagens que enfatizavam o aumento de metabolismo, aumento da imunidade e rejuvenescimento do corpo ou como elas aliviavam as dores no corpo, a tensão e reduziam o estresse.
“Dissemos a eles que a empresa estava oferecendo vales-presente de US$ 50 para vários participantes com base em quanto eles estavam dispostos a oferecer”, disse o principal autor do estudo.
Os alunos que se lembraram de uma interação com um cachorro ofereceram lances significativamente mais altos quando foram expostos a anúncios orientados a recompensas em vez de anúncios de aversão ao risco. Em contraste, aqueles que se lembraram de um gato ofereceram lances muito mais altos quando viram anúncios focados na aversão ao risco, segundo Jia.
“Acreditamos que esses efeitos ocorrem porque as pessoas formam associações mentais de temperamentos e personalidades estereotipadas de animais de estimação, cães são ansiosos, enquanto gatos são cautelosos”, explicou o pesquisador.
“Como resultado, após a exposição a cães ou gatos, essas associações surgem no topo da mente e influenciam decisões e comportamentos, um efeito confirmado por nossos estudos”, concluiu ele.